Gestão Pública

27/11/2013 13:19

SOUZA FILHO, Rodrigo.  A Administração, a Questão do Estado e o Fenômeno Burocrático: Fundamentos da Gestão Pública. In:__ Gestão Pública e Democracia: A Burocracia em Questão

 

Considerando que estamos diante de uma crise de gestão do Estado, o autor descartando uma crise do capitalismo, defende a necessidade de um Estado mais eficiente, debatendo no primeiro capítulo da sua obra, a administração pública nos seus fundamentos.  A análise weberiana da burocracia relaciona-se a: razões históricas e administrativas para o processo da burocratização (especialmente na civilização ocidental); o impacto do domínio da lei no funcionamento de organizações burocráticas; a orientação pessoal típica e a posição ocupacional dos oficiais burocráticos como um grupo de status; os atributos e as conseqüências mais importantes da burocracia na organização burocrática no mundo moderno. A administração burocrática clássica, baseada nos princípios da administração do exército prussiano, foi implantada nos principais países europeus no final do século passado; nos Estados Unidos, no começo deste século; no Brasil, 56 em 1936. A crise do Estado impôs a necessidade de reconstruí-lo; a globalização tornou imperativo redefinir suas funções. Muitos estudiosos e membros das máquinas governamentais parecem convergir para uma mesma solução: a saída “mágica” estaria na descentralização e na criação de canais de participação popular. Saída “mágica” porque, todos parecem apegar-se a esta proposta como algo de fácil implementação, sem maiores preocupações com a necessidade de uma clara compreensão de seu conteúdo ideológico e das implicações de ordem política, oriundas de sua adoção. Antes da integração mundial dos mercados e dos sistemas produtivos, os Estados podiam ter como um de seus objetivos fundamentais, proteger as respectivas economias da competição internacional. Depois da globalização, as possibilidades do Estado de continuar a exercer esse papel diminuíram muito. Seu novo papel é o de facilitar para que a economia nacional se torne internacionalmente competitiva. A regulação e a intervenção continuam necessárias, na educação, na saúde, na cultura, no desenvolvimento tecnológico, nos investimentos em infra-estrutura – uma intervenção que não apenas compense os desequilíbrios distributivos provocados pelo mercado globalizado, mas principalmente que capacite os agentes econômicos a competir a nível mundial.