COMPARTILHAR MENTIRAS E BOATOS NAS REDES SOCIAIS

14/12/2016 17:01
COMPARTILHAR MENTIRAS E BOATOS NAS REDES SOCIAIS
 
Divulgar histórias falsas pode ter consequências reais, como causar prejuízos financeiros, constrangimentos, injúria e difamação de pessoas, empresas e organizações.
Todos nós podemos produzir e receber informação. Por um lado essa possibilidade democratiza a comunicação, mas por outro facilita a divulgação de conteúdo feito sem responsabilidade.
O 13º salário será extinto pelo Governo brasileiro. Você perde a CNH se não renovar apos 30 dias do vencimento. Diabo aparece em foto tirada no Maranhão. O que essas notícias têm em comum? Todas são falsas e se espalharam rapidamente pelas redes.
A Informação é para gerar conhecimentos, ajudar pessoas a construir uma opinião sobre determinado assunto e aprimora o debate público. Mas quantas informações falsas você já compartilhou nas redes sociais ou em grupos do WhatsApp?
Não é porque algo está publicado por amigos ou em formato de notícia que necessariamente é verdade. Muitas vezes passamos para a frente algo que nem paramos para pensar de onde veio. É necessário cada vez mais cuidado e racionalidade ao ler as notícias.
Os boatos sempre existiram. Antes mesmo de existir a escrita, o “ouvir dizer” era o único veículo de comunicação nas sociedades. O rumor é uma prática que pode existir em qualquer grupo ou classe social. Basta lembrar da brincadeira do telefone sem fio, na qual uma mensagem passa de boca em boca.
O boato pode ser definido como “uma proposição ligada aos acontecimentos diários, destinada a ser aumentada, transmitida de pessoa a pessoa, habitualmente através da técnica do ouvir dizer, sem que existam testemunhos concretos capazes de indicar exatidão”. (KAPFERER)
Para os psicólogos norte-americanos Allport e Postman as pessoas acreditam em boatos, mesmo aqueles de teor absurdo, por qualquer necessidade que pode dar movimento a um rumor. O desejo obstinado de se acreditar nele, nossos medos, esperanças, curiosidades, inseguranças, tensões, ideologias, crenças e preconceitos.
Outro fator é a confiança na pessoa ou veículo que transmitiu o fato. Grande parte das notícias nas redes sociais são compartilhadas por amigos e conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a veracidade de uma história.
Para um boato existir, ele precisa ser propagado. Se não houver uma ambiguidade ou se a importância ou relevância de um fato for nula para o público-alvo, não haverá a multiplicação da notícia.
Com a evolução da tecnologia que permite o acesso à internet, mais pessoas puderam se conectar à rede. Os boatos digitais ganharam os apelidos de “hoax”. São histórias falsas que circulam na internet. Recebidas por e-mail ou compartilhadas em sites de relacionamento, elas aparecem a todo momento. Em casos extremos, pode originar ações violentas. Em 2014, uma mulher foi espancada até a morte na cidade de Guarujá (SP), depois de ser acusada, em boatos em redes sociais, de que sequestrava crianças. No entanto, ela era inocente.
O termo “pós-verdade”, eleito pela Universidade de Oxford como a palavra do ano de 2016, diz respeito a circunstâncias nas quais fatos objetivos e reais têm menos importância do que crenças pessoais.
A palavra é cada vez mais usada na cobertura de temas políticos. Segundo analistas, a verdade está perdendo importância no debate político e as pessoas não estão sendo influenciadas por argumentos racionais e pelos fatos concretos. Elas estão tomando decisões com base em suas emoções, sentimentos e crenças, ou seja, suas visões de mundo.
Assim, um boato de algo que não aconteceu mas que esteja alinhado à visão de mundo de uma pessoa ganha destaque com a pré-disposição dela em acreditar naquilo. E a sua circulação massiva e sem controle produz um efeito de verdade. O problema é que a pessoa nega o conhecimento, pois prefere acreditar na mentira, em algo que corrobore ou que não abale suas crenças.
 
Divulgar histórias falsas pode ter consequências reais, como causar prejuízos financeiros, constrangimentos, injúria e difamação de pessoas, empresas e organizações.
 
Todos nós podemos produzir e receber informação. Por um lado essa possibilidade democratiza a comunicação, mas por outro facilita a divulgação de conteúdo feito sem responsabilidade.
 
O 13º salário será extinto pelo Governo brasileiro. Você perde a CNH se não renovar apos 30 dias do vencimento. Diabo aparece em foto tirada no Maranhão. O que essas notícias têm em comum? Todas são falsas e se espalharam rapidamente pelas redes.
A Informação é para gerar conhecimentos, ajudar pessoas a construir uma opinião sobre determinado assunto e aprimora o debate público. Mas quantas informações falsas você já compartilhou nas redes sociais ou em grupos do WhatsApp?
 
Não é porque algo está publicado por amigos ou em formato de notícia que necessariamente é verdade. Muitas vezes passamos para a frente algo que nem paramos para pensar de onde veio. É necessário cada vez mais cuidado e racionalidade ao ler as notícias.
Os boatos sempre existiram. Antes mesmo de existir a escrita, o “ouvir dizer” era o único veículo de comunicação nas sociedades. O rumor é uma prática que pode existir em qualquer grupo ou classe social. Basta lembrar da brincadeira do telefone sem fio, na qual uma mensagem passa de boca em boca.
O boato pode ser definido como “uma proposição ligada aos acontecimentos diários, destinada a ser aumentada, transmitida de pessoa a pessoa, habitualmente através da técnica do ouvir dizer, sem que existam testemunhos concretos capazes de indicar exatidão”. (KAPFERER)
 
Para os psicólogos norte-americanos Allport e Postman as pessoas acreditam em boatos, mesmo aqueles de teor absurdo, por qualquer necessidade que pode dar movimento a um rumor. O desejo obstinado de se acreditar nele, nossos medos, esperanças, curiosidades, inseguranças, tensões, ideologias, crenças e preconceitos.
 
Outro fator é a confiança na pessoa ou veículo que transmitiu o fato. Grande parte das notícias nas redes sociais são compartilhadas por amigos e conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a veracidade de uma história.
Para um boato existir, ele precisa ser propagado. Se não houver uma ambiguidade ou se a importância ou relevância de um fato for nula para o público-alvo, não haverá a multiplicação da notícia.
 
Com a evolução da tecnologia que permite o acesso à internet, mais pessoas puderam se conectar à rede. Os boatos digitais ganharam os apelidos de “hoax”. São histórias falsas que circulam na internet. Recebidas por e-mail ou compartilhadas em sites de relacionamento, elas aparecem a todo momento. Em casos extremos, pode originar ações violentas. Em 2014, uma mulher foi espancada até a morte na cidade de Guarujá (SP), depois de ser acusada, em boatos em redes sociais, de que sequestrava crianças. No entanto, ela era inocente.
 
O termo “pós-verdade”, eleito pela Universidade de Oxford como a palavra do ano de 2016, diz respeito a circunstâncias nas quais fatos objetivos e reais têm menos importância do que crenças pessoais.
 
A palavra é cada vez mais usada na cobertura de temas políticos. Segundo analistas, a verdade está perdendo importância no debate político e as pessoas não estão sendo influenciadas por argumentos racionais e pelos fatos concretos. Elas estão tomando decisões com base em suas emoções, sentimentos e crenças, ou seja, suas visões de mundo.
 
Assim, um boato de algo que não aconteceu mas que esteja alinhado à visão de mundo de uma pessoa ganha destaque com a pré-disposição dela em acreditar naquilo. E a sua circulação massiva e sem controle produz um efeito de verdade. O problema é que a pessoa nega o conhecimento, pois prefere acreditar na mentira, em algo que corrobore ou que não abale suas crenças.